PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição – 1º/Out/21 - Sábado

Por: Sérgio A. O. Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que só se falava em fusca, na derrota no Maracanã para o Uruguai de Obdúlio Varela, bossa-nova e concurso de Miss Brasil...

QUARENTENA DÁ CADA IDÉIA...

Pois, sem nada para fazer nesse 1º de outubro da quarentena, tipo assim Adão cofiando os pelos enquanto Eva comia uma maçã, me deu na telha que lugar de ladrão não é na urna; é na cadeia.

HISTÓRIAS DO BRASIL – Era uma vez... Hugo Chávez, proprietário indébito da Venezuela. Corria o mês de maio para junho de 2009.

Unha e carne com o então nosso querido e honrado presidente da República, Lulagenciador da Silva, Dom Hughito se queixava da demora para fechamento do acordo bilateral para exploração de petróleo em Salvador, Terra de Nosso Senhor.

Lulagenciador foi aparentemente calmo e sereno e botou panos quentes, naquela maracutaia que daria fragorosamente na vista até dos menos avisados: “Calma, Chávez. Se eu eleger a Dilma*, esses acordos vão sair. Eu vou ser o presidente da Petrobras e o Sérgio Gabrielli** será meu assessor”.

(*) – Dilmandioca Catavento Sapiens;

(**) – Gabrielli era então o presidente da Petrobras.

HISTÓRIAS DO BRASIL – Era outra vez...  Um boquirroto, tatibitate, autodenominado Príncipe dos Sociólogos do Brasil que atendia pelo codinome de FHCecê.

Ele, ao fim do seu segundo desastroso governo, nos estertores de 2002, chamou Lulavarento da Silva e lhe deu a dica mirabolante e infalível para comprar e vender o Brasil, enquanto saía da pobreza metalúrgica para a riqueza da zelite: “Bota pra funcionar a estratégia da coalizão pela governabilidade”.

Mal sentou os fundilhos na cadeira de espaldar alto do Palácio do Planalto, Lulavarento já saiu mandando recado: “É preciso parar com a mania de achar que contratar gente para trabalhar para o Estado é inchaço de máquina”.

Foi o aviso; deu o sinal verde. Foi só o que Lulaparelhador fez. Contratou gente de casa e até aquela turma braba que lhe disse ao pé do ouvido quanto e o que queria para ‘coalizar’ com seu governo, e transformou o Estado num grande aparelho de toma lá, dá cá. Instituiu o governo invisível: o aparelhamento.

Não demorou nada, era uma máquina infernal de corrupção e uma lavanderia descaradamente clandestina de lavagem de dinheiro.

PONTOS A PONDERAR...

01 – MOVIDO A ESTRESSE - Aprendi a ser menos estressado, o que foi uma lástima. O diabo é que aprendi a ser aparentemente mais comedido com a vida, o que também foi lastimável. Lastimável e necessário. Viver o tempo todo movido a estresse seria burrice e faria do meu sopro de alma um espírito de porco. Mas, quem me conhece sabe que sempre fui movido a estresse.

02 – QUARENTENA DÁ CADA IDÉIA – Um dia ainda vou ser cínico que nem essa pandilha da CPI do Covil do Barroso. Não é por nada não... é só para ver como é ser bandido fazendo papel de mocinho.

03 -  O SALÁRIO DELES – Todo salário depositado no fim do mês na conta do político brasileiro deveria vir num envelope com um pedido de desculpas ao trabalhador brasileiro.

04 – CHEIO DELES - Acordei hoje cheio de admiração, de respeito e temor servil pelos que vestem toga, pelos que usam colarinho branco, pelos que se apropriaram da CPI do Covil e... cheio de raiva e indignação.

05 – A NOSSA ADEGA - E então, estamos conversados: aquela adega de vinhos de salafras famosas no Sítio de Atibaia é minha, sua, nossa... menos do Lulavagem.

06 – REPERCUSSÃO – Bolsonaro carimbou o depoimento de Luciano Hang, o Véio da Havan, na CPI de ‘fiasco’: “Não conseguiram nada”. Ora isso não é novidade.

Notícia mesmo é que o presidente da República perca tempo mirolhando aquela bagaceirada com jeito de CPI.

Nunca antes na história desse país houve uma rafuagem tão grande reunindo tantos rufiões e alcoviteiros dessa grande vaca das divinas tetas que é a nossa pátria amada, Brasil.

07 – CABE NUMA ESCARRADEIRA - Quando o brasileiro de boa índole esperava estar livre das cuspidas de curto alcance do Jean Wyllys e do Zé do Breu, eis que Barroso cospe na face da sociedade brasileira escarrando essa tal CPI do Covil... A indignação do nosso povo cabe dentro de uma escarradeira.

08 – A PRIMEIRA VEZ – Em fevereiro de 2005, Lulavagem estava na França, decerto agradando amigos e influenciando pessoas e, de lá, sem mais o que fazer depois de transar a singela compra de jatos franceses, mandou um recado para seus cumpanhêros já envolvidos no Mensalão:

“Trabalhar com a verdade é muito melhor. A desgraça da mentira é que, ao contar a primeira, você passa a vida inteira contando mentira para justificar a primeira que contou”.

Inda que mal pergunte, Lulatroz: há quantos anos você mentiu aquela história de comer galinhas, patas, marrecas e boas cabritas?!? Foi a primeira vez?!?

09 – OS ERROS DE MORO – Sérgio Moro andou por aqui, vindo dos States onde está residente e domiciliado. E dizem que andou dizendo que não cogita ser vice de nada nem de ninguém.

Acho que Moro só tem uma saída: entrar de novo na Magistratura. Ele cometeu dois grandes erros: o primeiro foi deixar de ser juiz de direito para entrar no governo; o segundo foi dar a Lulavagem aquelas regalias todas na hotelaria cinco estrelas da Polícia Federal, em Curitiba.

10 – QUEM É VOCÊ?!? – Se você é daqueles que acredita numa CPI que tem Aziz, Renan, Randolfim, Beto Ambulante e Rotto Alencar, então não sei com quem estou falando. Só sei que você não é quem eu pensei que fosse.

11 – PERDA DE TEMPO - Quem gosta da verdade e da beleza e trata de política, acaba perdendo tempo na vida. É que a política não tem beleza e muito menos verdade.

12 – A CAMPANHA DE BOULOS FECAIS - Em plena campanha de Boulos Fecais, o MTST fez protesto contra inflação e fome em frente à casa de Flávio Bolsonaro. A zoeira passou e o Filho do Capitão deu o recado: “Se tivessem entrado em casa, podia não acabar bem”.

13 – O PONTO 13 É DELE – Repito: lugar de Luladravazes não é na urna; é na cadeia.