12 de abr. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

01.

SEMIDEUSES FUJÕES

Sabe o que os semideuses do Olimpo das Togas fizeram depois que espalharam o caos no controle da pandemia?!? Fugiram para dentro de suas mansões. O Patronato Olímpico das Togas é a própria logomarca do “Fique em casa!”.

02.

AS ALMAS

Não sou de levar desaforo para casa nem de me esquecer dos que me incomodam porque desacomodam uma nação inteirinha de fio a pavio.

Neste mesmo 12 de abril, do ano passado, lembro como se fosse hoje que, como sempre, sem que ninguém lhe perguntasse coisa alguma, Gilmuar, O Assombração, deitou falação: "Bolsonaro é uma alma angustiada".

E, por causa do cutucão gratuito, a gente daqui rebate: "E o Gilmuar é uma alma penada". E, só pra chatear, a gente ainda joga na carantonha dele que “o Lulavagem é um alma apenada”.

03.

CORRETIVAS DE IMPRENSA

E assim é que, com os jornalojistas do Consórcio Mercenário da Notícia, as coletivas de imprensa não passam de corretivas da imprensa.

04.

PARCERIA MALIGNA

No Brasil atual, só há um mal tão grande quanto o jornalojismo cometido pelos jornalojistas filhos das pautas do Consórcio Mercenário da Notícia: a parceria entre a Casa dos Mais de 300 Picaretas com o Olimpo das Togas.

05.

QUEM SAI AO SEUS...

Se é o meu adeus que te prende...  Tchau e benção! Vai que vai! Big-McAuréolo, entidade fantástica da Falange Suprema do STF, pretendeu sempre ser um erudito irônico, mas se revela apenas uma pomba-gira corrosiva e intragável. 

Quando setembro vier, deixa de ser decano, abandona o cargo de confiança e vai voltar a ser apenas e nada mais do que o primo-irmão de Fernandinho Beira-Collor. Eis que, como bem dizia minha mãe, Dona Evalda Thereza, “quem sai aos seus, não degenera”.

06.

DAS DUAS, AS DUAS, OU MAIS...

Do tempo todo em que esteve no poder, o partido que o Zé Dirceu desaforadamente disse que não roubava nem deixava roubar, chega-se à conclusão que o Guerrilheiro de Festim sabia o que mentia. Pelo histórico de todos e, fundamentalmente, de seus dois grandes caciques – Luladino e Dirceu – conclui-se das duas, uma; ou as duas. Eles têm talento para roubar e deixar roubar. E nenhuma inclinação para trocar de modalidade administrativa.

07.

NÃO SE DISTRAIA!

Para seguir em frente, dê uma voltinha ao passado...  Em cada três ministro dos tempos luladilmáticos, um era ‘suspeito’. Os outros, ainda não tinham sido descobertos. Você está com saudade do que e de quem?!?

08.

INOCENTES... SÓ QUE NÃO.

Com as bênçãos dos semideuses do Olimpo das Togas, todo crápula diz que é inocente até prova em contrário. Aqui na planície, com os pés no chão, pelas mesmas razões e sem o bafo divinal dos olímpicos, os homens de bem consideram todos os canalhas culpados...até que deixem de ser suspeitos.

09.

DO GARANHÃO DE PELOTAS:

Desde sua mansão em Nashville, capital do Tennessee nos Estados Unidos, berço da música country norte-americana, onde se encontra fazendo música com as suas três secretárias-executáveis, o Garanhão de Pelotas, me passou ontem à noite este zap-zap, para ser repassado a vocês. 

O nosso Lorde de Todos os Mundos, disse-me ainda que estava meio preocupado com o que chamou de ‘nosso povo distraído”...

01. Há vezes em que você tem expectativas tão altas que, por isso mesmo, você talvez nunca chegue ao sucesso.

02. Nunca espere tanto até que seja tarde demais.

03. Esse governo não faz a coisa certa, porque nem sabe o que é isso.

04. O político mente para vencer; o grande político mente para fazer. Pelo visto, o Brasil só tem político vencedor.

Beijos e abraços de o Garanhão de Pelotas.

10.

O GARANHÃO DE PELOTAS NA COZINHA

E, porque ontem era domingo, o Garanhão de Pelotas, disse que bateu uma saudade imensa de todos vocês e mandou me avisar que no último sábado, lá em Nashville, ele se meteu na cozinha para repetir uma receita com merluza que há 7 anos – conta de mentiroso – ele se meteu a praticar, durante umas curtas férias na sua fazendola, nas cercanias de Buenos Ayres, la dulcíssima capital argh!entina.

BISCOITO DE MERLUZA

Porque era sábado, me meti na cozinha. O menu é de fazer água na boca: filé de merluza ao forno; muita cebola frita com molho shoyu e arroz branquinho, feito na hora. Simples assim.

Peguei o pacote de 1 kg com 800 gramas de filé de merluza. Besuntei com vinagre e sal. O sal a gosto. Quem me conhece sabe que botei sal pra lá de a/gosto, setembro e outubro. Mas ficou bom. Até aí, tudo bem, tudo bom. Fácil.

Passei manteiga na forma. Deitei os filés na bandeijola, liguei o forno e enfiei lá dentro aquela iguaria do mar que faria inveja a Namor, o Príncipe Submarino. A merluza era linda. Uma dona merluza. Quando viva, deve ter aguentado muito peixinho na volta. Agora, quem ia aproveitar a vida era eu.

Nesse meio tempo, me distraí – sempre me distraio na cozinha – cortando anéis bem fininhos de três cebolas graúdas recém-saídas da horta do produtor rural que as vendeu para o supermercado há dois ou três dias.

Sapequei-as na manteiga e coloquei-as para fritar. A meio caminho de estarem prontas, dei-lhes um banho de shoyu. O arroz branco e graudaço como se fosse São João, com um picadinho de cebola no fundo mergulhado em azeite de oliva, já se exibia borbulhante pelas laterais da panela. Estava quase pronto.

Aí, olhei o peixe. A merluza precisava levar uma viradinha. Mexi com ela, virei-a de costas e a devolvi para o forno. Não demorou nada, estava pronta. Douradinha, douradinha, como se tivesse morrido na praia e tomado um banho de sol ao lado das redes do seu pescador.

Como era cedo, menos de 11 horas, resolvi que tudo ficaria para daqui a pouco mais. Tampei a frigideira das cebolas; deixei o arroz prontinho, descansando na panela e devolvi a merluza para repousar no forno, lugar seguro e à prova de moscas e outros pequenos e indesejados visitantes alados.

Vim para o computador. Entrei no Facebook escrevi uns textos lá que outros e, meia hora depois pedi para a secretária ruiva, botar a mesa. As outras estão de férias, em Acapulco, no México. Pronto, nos aprecatamos. Ela pegou um refrigerante e eu uma taça de vinho branco leve.

Os enólogos que me perdoem, mas não leio rótulos. Rótulo de vinho é como bula de remédio, as letras são pequenas demais. Esse branco aí era californiano: um Motto Essence Sauvignon.

Servi o arroz, para nós. Estava lindo. Olhei as cebolas, que maravilha! Tirei a forma do forno. E epa! O forno estava ligado! A merluza, linda; a merluza dourada; a merluza crocante... A merluza dura.

Foi para a mesa assim mesmo, ela estava dura e gostosa. Parecia um biscoito. E foi assim que a comemos. Estava uma delícia, mas melhor seria – é preciso confessar - comê-la no café da tarde.

Em todo caso, porque hoje já é segunda-feira, fica aqui a receita: pegue os filés de merluza, tempere-os com vinagre e sal a gosto, setembro ou outubro, coloque-os no fogão. Ligue o forno e esqueça-se de desligá-lo. Taí o biscoito de merluza. Uma delícia.

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