01.
GRANDE COISA PÚBLICA
Há um
frisson no ar da coisa pública, da grande coisa pública: a aterradora ideia do
congelamento salarial dos milharais de servidores públicos.
Peralá, ô!
Ninguém está querendo o fim dos salários. O que se quer, ou dever-se-ia querer,
é o fim dos servidores. Não dos servidores de carreira; sim dos que se servem
como servidores ocupando os aparelhos de confiança.
E o
congelamento é o que há de mais justo em um país sem inflação. Esse país é o
nosso, hoje. Graças ao Coronamídia.
Se, no
entanto, o país entrar em deflação – e vai entrar - mais justo que o ‘ameaçador’
congelamento, seria o rebaixamento dos custos com a folha de pagamento das tais
engrenagens da máquina pública. Seria o mais justo. Seria! Seria, mas não é.
Nem vai ser.
É que o
Brasil não é para principiantes. É uma velha ilha democrática de direitos
amplos e irrestritos cercada por todos os lados de ‘autoridades’ governamentais
e ‘autoridades’ públicas e notórias. E se ‘autoridade’ é, por definição, razão
e luz, o Brasil vive há mais de 30 anos em um permanente blecaute. O que o
nosso país tem ganho em número de ‘autoridades’, tem perdido o dobro em termos
de igualdades sociais.
02.
FANÁTICOS POSSESSOS
Os fanáticos
pró e contra o governo estão possessos porque Sérgio Moro vai assistir ao
coronavídeo da tal reunião desbocada em que Moro foi esculachado diante da
minestrecada palaciana. Fanático é assim mesmo: não muda de ideia e muito menos
de assunto. O fanatismo é aquele esforço maluco que os fanáticos desperdiçam
com objetivos que já nem existem mais.
03.
DIREITA EM 2022
Por mais que
se junte numa frente anti-Direitona e Centrão, a Esquerdalha – que finge fazer das
tripas coração para se endireitar quando está no poder – não chegará com mais
do que os velhos e carcomidos 35% dos votos de sempre em 2022. Isso é derrota
mais do que certa, outra vez. O que puxa o Brasil para baixo é que na nossa política,
a maioria está sempre proposital e perniciosamente errada.
04.
Mesmo que
Bolsonaro continue sendo o presidente que está sendo, talvez ele chegue mesmo a
2027 como habitante do Palácio do Planalto. Se for a única saída para não
deixar que o Lularanjismo saia do fundo do poço em que se encontra, o Brasil
aguenta essa carga pesada.
05.
PONTOS A PONDERAR...
O que faz o
Brasil descer a ladeira é que nesta democracia de gaveta, a maioria está sempre
maliciosamente errada.
06.
PENSANDO BEM...
Se essa democracia
não melhorou de vez, não é por falta de militares no governo. Há generais à
vontade cumprindo expediente na Esplanada dos Ministérios.
07.
MORO 2022
Dizem os
canos republicanos que PSL e Podemos andam na volta de Moro para 2022. Estão
queimando o filme do Pai da lava-Jato.
Se o Moro fosse
da laia deles, imitava o FHC e o Lulavagem e criava um instituto só para chamar
de seu.
Se, no
entanto, fosse pior do que eles, imitava o Gilmuar e dedicaria seu tempo livre
com uma Faculdade de Direito própria, mas para ensinar como se faz Justiça e não
apenas para aproveitar a ocasião e abocanhar fortuna.
O Instituto
Moro bem que poderia pôr em prática o Movimento Nacional Lava-Jato, implantando
gradativa e paulatinamente uma sede da sua Operação preferida, em cada uma das
5.570 cidades dessa Pátria Amada, Brasil.
07
CEF, A PESADA SIGLA
CEF é a pior Caixa de ressonância na história da Presidência de Bolsonaro. Uma verdadeira loteria ao contrário:
CEF – Carluxo, Eduardo e Flávio.
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