PONTOS A PONDERAR...
Por: Sérgio A. O. Siqueira01.
SONHOS DE PALHAÇO: NO PALCO DA ILUSÃO / A FARSA DE UM PALHAÇO É NATURAL
Deixem que lhes cante a pedra de uma dessas historinhas bobas e corriqueiras que se esparramam pelas barras dos tribunais brasileiros de todos os escalões.
É o seguinte: João Otávio Noronha, há bom tempo feito ministro do STJ, vulgo Superior Tribunal de Justiça, pediu vista e, assim, adiou o julgamento de uma trinca de recursos do senador Flávio, um dos filhos terríveis do Capitão.
Nesses recursos o dito cujo nobre senador da República pedia para suspender o inquérito que apura lavagem de dinheiro e peculato no seu bom e velho gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que continua lindo e que agora, só em junho vai ter Carnaval.
O movimento de Noronha suspende oportunamente a avaliação dos inocentes pedidos do Filho do Capitão que, agora, já não têm mais data para serem atendidos, ou não.
Nesta gloriosa sessão, o costumeiramente sisudo ministro Felix Fischer, por acaso relator dos habeas porcus, quis saber de Noronha as razões do pedido de vista dando um puxão de orelhas em Noronha reclamando que ele nem sequer havia lido seu voto e o nobre e caríssimo colega já pedira para suspender o julgamento.
Noronha, dignou-se a dar tratos à bola para Fischer e prendeu-lhe ficha com uma desculpa esfarrapada: respondeu que, na segunda-feira passada, havia recebido ‘um memorial’ da defesa de Flávio Bolsonaro e, por isso, nada mais que isso, queria ter tempo para analisá-lo, em virtude de se tratar de um ‘caso complexo, de alta repercussão’.
Então, pronto, vejam só que história boba eu tinha pra contar / Quem é que vai querer me acreditar / Eu sou palhaço sem querer...
Vejam só, nesse palco da ilusão, Noronha é para o Superior Tribunal de Justiça, o que Gilmuar Richelieu é para o Supremo Tribufuderal.
E aí então o mundo sempre foi
/ Um circo sem igual / Onde todos representam / Bem ou mal / Onde a farsa de um
palhaço / É natural. (Valeu Antônio Marcos & Vanusa).
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