SURPREEESA! LULANJO
DA SILVA NÃO VIU NADA,
NÃO SABE DE NADA,
NÃO FEZ NADA
Surpreeesa!...
Lulanjo de Guarda-Costas protagonizou mais uma sessão do se velho ‘bate o pé,
reclama’ só não pediu Malzebier da Brahma.
Ele voltou a dizer que não é ligado
em subornos e também falou e disse com treinada desenvoltura que não recebeu
propinas em troca da edição da Medida Provisória 471, de 2009, que encheu de
benefícios fiscais as burras das
montadoras de veículos.
Lulanjo da Silva, seu próprio e zeloso guardador, disse
sob sua conhecida ‘palavra de honra’ que a denúncia é uma “ilação”. E contendo-se
para não sair aos pulos, ele ainda coaxou: “Há muita má fé, muita inverdade”.
Ah, esse
Lulanjo da Silva é demais: depois que visitou o Papa do Tapa, mentira é
nome-feio; agora mentira é “má fé”. E que Deus o livre e guarde de praticar
essa modalidade de pecado mortal. Jamais Lulanjo será um católico apostólico
praticante de má fé. Tem fé demais.
MAURO MARCONDES, É UM VELHO CONHECIDO
Lulanjo
da Silva negou ter se reunido com o lobista Mauro Marcondes, a quem conhece
desde os anos dourados de 70. E o finório-ostentação, saiu-se assim: “Eu tenho
conhecimento do Mauro Marcondes desde 1975, quando eu assumi a presidência do
sindicato dos metalúrgicos do ABC, e o Mauro Marcondes era diretor de recursos
humanos da Volkswagen. Então, todo e qualquer problema que o sindicato tinha
com 44 mil trabalhadores da Volks a relação era com o Mauro Marcondes.”
“A vida do
Mauro Marcondes fora da relação sindical não me interessa, não é da minha conta
se ele conversou com a Mitsubishi. Se alguém conversou com ele, não é problema
meu. O que eu acho grave é o MP fazer uma ilação de que tudo isso foi feito
para dar dinheiro para o PT. Por isso que eu tô aqui”. Então ficou combinado
que nesse interrogatório nada tem qualquer coisa ver com Lulanjo da Silva; tudo
a ver com esse amigo dele.
PALOCCI, O MENTIROSO
O
show de Lulanjo durou um tiquinho de nada a mais que uma hora. Nesse meio tempo
ele rechaçou o depoimento do seu ex-ministro Antonio Palocci, que dedurou
pagamentos ao filho de Lulanjo, Luís Cláudio, em troca da MP 627 e a negociação
dos caças Grippen, no governo da Dilmandioca Sapiens que, coitada e pobre
inocente, também é alvo de outra ação na Zelotes.
o mesmo depoimento, o agora delator Palocci mencionou suposto acerto na venda
de MPs ao setor automobilístico. Sobre este imbróglio específico, Lulanjo da
Silva foi interrogado. E saiu-se com pose de incomensurável e bem ensaiada meiguice
professoral:
“A
única explicação é porque ele deveria estar ganhando um prêmio para fazer
delação num processo em Curitiba. Talvez, ele tenha sido prestado a contribuir
com o MP, com as mentiras já contadas para tentar passar um tom de verdade”.
Pronto é isso. Como é que seus inquisidores não viram isso antes?!? São mesmo
uns perseguidores, né não?!?
Verdade
é que nesta ação penal, o angelical petista responde pelo crime de corrupção
passiva por ter participado da “venda” da Medida Provisória (MP) 471, de 2009,
que prorrogou os incentivos fiscais para montadoras instaladas nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
MISTUREBA INOCENTE
Na
denúncia, a Procuradoria sustenta que representantes das montadoras prometeram
o pagamento de “vantagens indevidas” a operadores do esquema e a agentes
políticos, entre eles Lulanjo da Silva e Gilberto Carvalho, O Seminarista.
Nessa
mistureba toda, a Marcondes e Mautoni Empreendimentos – empresa do lobista
Mauro Marcondes Machado, que representava a CAOA (Hyundai) e a MMC Automotores
(Mitsubishi do Brasil) – ofertou R$ 6
milhões a Lulanjo e Carvalho.
O dinheiro, segundo o persecutório Ministério Público Federal,
seria o custeio de campanhas eleitorais do PT. Para quem sabe com quem está
falando, é bem provável – salvo clamoroso engano - que o PT nunca tenha posto
as mãos e nem sequer os olhos nessa grana. Mas nessa relação espúria entre o
partido e seus donos, tudo é possível, inclusive, nada.
E assim é que assim ficamos combinados: Lulanjo da Silva não viu
nada, não sabe de nada, não fez nada. Quer dizer, sabe de uma coisa: é o maior
perseguido da história pornopolítica desse país.
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