Primeiro a missa, depois a urna e... Um domingo sem futebol.
GILMUAR BIRUTA E O SONHO DE ''LULA LIVRE!''
Em outubro de 2016, os 11 ministros do Supremo se reuniam para julgar a possibilidade da prisão após segunda instância. E foi então que a lua ao mar se deu: por seis votos a cinco, o plenário soberano da Magna Corte reafirmava o entendimento de que o parágrafo 57 do artigo 5º da Constituição, que diz que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, não impede o início da execução da pena após condenação em segunda instância.
Os cortesãos entenderam que, nessa fase, como o mérito da condenação já foi julgado duas vezes, o princípio da presunção de inocência não foi ferido. Votaram a favor da prisão em segunda instância os ministros Edson Frachin, Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Cármen Lúcia e ele, Gilmuar Mendes!
Votaram contra e foram vencidos os doutos Marco Aurélio de Mellodrama, Rosa Weber, Dias Toffoli, o decano curto Celso de Melloso e, claro, Ricardo Levianowski..
Nesse julgamento, Gilmuar explicou por que mudava seu entendimento expresso em 2009 para votar a favor da prisão de réu condenado em segunda instância.
“Não se conhece no mundo civilizado um país que exija o trânsito em julgado. Em princípio se diz que se pode executar a prisão com decisão de segundo grau. Uma coisa é termos alguém como investigado. Outra coisa é termos alguém como denunciado, com denúncia recebida. Outra coisa é ter alguém com condenação e agora com condenação em segundo grau. Quer dizer, o sistema estabelece uma progressiva de ‘ruição’, vamos chamar assim, da ideia de presunção da inocência. E nós sabemos da nossa experiência. Amanhã um sujeito planta um processo qualquer, embargos de declaração, e aquilo passa a ser tratado como rotina: o processo ainda não transitou em julgado, vamos examinar... E daqui a pouco sobrevém uma prescrição, com todas as consequências e o quadro de impunidade. Eu acho que os presídios brasileiros vão melhorar daqui para a frente, porque se descobriu que se pode ir para a cadeia".
Foi Gilmuar quem assim votou em 2016. Hoje, Gilmuar pisoteia em cima dele mesmo e do próprio Supremo.
Trata-se de uma alma penada, com espírito de biruta de aeroporto, que se acha acima do bem e do mal e muito melhor e mais honesta do que a alma de Lula, esta sim, a mais honesta do mundo. Para Gilmuar, agora não basta que Lula tenha sido condenado à cadeia por pelo menos 15 juízes federais de dois tribunais, um singular e outro colegiado, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Gilmuar só se convencerá, nem isso, Gilmuar só se conformará com a ideia do mal que Lula faz à sociedade depois que seja condenado quatro vezes pelo mesmo crime de 'comer bola' e lavar dinheiro público e notório.
Gilmuar só se dará por satisfeito quando, antes que isso aconteça, o bandido desse caso seja condenado à prescrição perpétua e enfim se concretize o sonho da Falange-2 do STF de ver o "Lula Livre!".
RODAPÉ - O plenário soberano do Supremo decidiu em outubro de 2016, precisamente há dois anos, que como o mérito da condenação já fora julgado duas vezes, por dois tribunais, o princípio da 'presunção de inocência' não foi ferido nem aviltado.
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