PONTOS A PONDERAR...
1ª Edição – 28/ Abril /22 – 5ª
Feira
Por: Sérgio A. O. Siqueira
PRISCAS ERAS...
Eu sou do tempo em que quem apagasse primeiro a cuspida dava o primeiro tapa. E já naquele tempo a gente tinha que ficar de olho no cuspidor, árbitro, da peleja.
HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
ERA UMA VEZ...
Eu aqui, em abril de 2020 profetizando o
que acabou de espantar vocês, ó crédulos incuráveis... Eu lhes brindava, há dois anos, com esse aviso
em forma de despretensiosa postagem:
TERRIVELMENTE
EVANGÉLICO
“André Mendonça já estava na boca do balão desde setembro do ano passado, o injuriante ano de 2019, quando Bolsonaro blasonou sob forma de premonição, a indicação de um nome ‘terrivelmente evangélico’ para o Supremo.
Não foi pra lá, foi pra cá. E eis aí o Homem... o ‘terrivelmente evangélico’. A vaga terrivelmente ameaçadora do decano curto no STF é a próxima atração das redes sociais campeãs de audiência”.
E pronto, agora, neste outonal abril de 2022, vocês já sabem que deu no que deu. Até o Bolsonaro sabe.
ERA OUTRA
VEZ... O Garanhão de Pelotas, desde as
Muralhas da China, em outubro de 2018, quando o Brasil elegeu presidente do
Brasil o Pai dos Filhos do Capitão.
Na pele
de observador estrangeiro sem grandes compromissos com a politicalha, o
Garanhão avisou:
“Bolsonaro, abandone o passado de capitão e incorpore a figura de presidente; abandone todos os seus defeitos e fique só com os piores”.
Era o jeito que o Garanhão de Pelotas descobrira para dar governabilidade a Bolsonaro, aquele que não roubaria nem deixaria roubar.
LENDAS URBANAS
Por: O Garanhão de Pelotas
Do livro jamais editado “Que Anarquia É Esta?!?”
Era uma vez,
eu. Eu, em certo país da América Latina. Era também um dia 2 de janeiro, outra
vez. Baixote, barrigudo, pernas curtas, robusto,
barbudo, abri os dois lados da ampla janela que dá para a confortável varanda
"pois só assim se pode ver o horizonte por inteiro". O sol radiante
me deu nos olhos...
"Fiadaputa, hoje ele nem esperou por
mim" - pensei expedito, deixando cair a ficha filosofal em seguida:
"Que bosta, quando o cara é ex-qualquer-coisa, já não apita mais
nada"!
Respirei fundo e espreguicei-me; emiti uns ruídos tão espúrios quanto estranhos
e sorrindo amarelo, senti-me bem mais pesado do que minha coluna vertebral
ainda podia suportar: "Cacete! Lá se foram oito anos"!
Com esses maus
modos, o mau humor e a péssima educação, nem eu mesmo me reconhecia naquela
manhã. Em todo caso, a mim me parecia que tinha sido ontem a cerimônia de
passagem da faixa de campeão da popularidade para o poste que eu mesmo tinha
posto em meu lugar.
Tá bom, isso é bobagem. Tinha coisas mais importantes para tratar. Por exemplo,
o que eu faria daqui pra frente? Tinha de tudo, não precisava de mais nada. Ou
será que ainda é pouco um time completo de 11 caminhões de mudança para
transportar bens móveis e bem-havidos?!?
Por exemplo, tinha que pensar no que fazer a partir de agora; pensar que eu
estava desempregado, sobrevivendo com apenas três ou quatro aposentadorias -
talvez menos, eu já nem me lembrava mais, embora soubesse que uma delas era
precoce por incidente de percurso - porque acidente mesmo não foi; e de
trabalho, muito menos.
Eu tinha ideia
também de uma tal de Bolsa Anistia, por cadeia política que peguei por longos e
tenebrosos 31 dias nos porões da ditadura: "Ô loco, depois de ser presidente, vou querer ser o quê na
vida"? – Perguntei-me como cabia perguntar-me como legítimo ex-presidentaço
desse país loco de bom, com perfil de um rebuscado galinheiro
dourado.
Eita Brasil
galo véio! Nem tinha cantado ainda e o sol, assim mesmo, já nascera exibido e
colorido, brasileiro, como ele só.
No fundo, no
fundo, eu achava uma injustiça ter sido obrigado a largar o osso um dia
atrás, carregando nas costas a mochila com mais de 80% de popularidade.
Aí, ‘’me caiu
os butiá do bolso’’: - "Bolas, pra
quê ter 80% de preferência popular se eu tive que entregar o Palácio assim, sem
mais nem menos, numa boa, pra uma ‘pobre bicha’ que tá começando agora? Eu não
me conformava: “Pra quê 80% de cartaz se, por exemplo, eu fosse qualquer um com
menos de 10%, eu teria que entregar a boca-rica do mesmo jeito?"...
Isso sacudia o meu ego pra tudo quanto era lado da varanda.
"Isso é uma injustiça, uma enorme
desigualdade social"! - Vociferei para minhas próprias entranhas. "Quero isonomia!" – bradei,
insano, com vontade de rasgar a Constituição
No íntimo eu pensava de verdade que só deveria entregar a cadeira da
Presidência da República dos Calamares que eu mesmo inventara, para alguém que
- como eu mesmo - tivesse também mais de 80% de popularidade. Não perdi tempo
com essas besteiras. Já era 2 de janeiro de 2011. Faltava menos do que ontem
para chegar a 3 de outubro de 2014. “Os
anos avoam”.
Encarei uma vez mais o sol, dei-lhe as costas, arrastei os chinelos com pés de
veludo vermelho e fui de camisa regata até o telefone da sala de estar. Preferi
aquele aparelho, em cima da mesinha rococó que ganhei lá da Índia, ou de outra
biboca daquelas vizinhanças, onde para tantas palestras me contrataram.
Era mais seguro
que um dos meus oito ou dez celulares: "Alô, é do meu partido? Diz aí que
não abro mão de ser seu presidente de honra. Sim, sim... quero mais de 20 mil
de salário mensal, senão eu deixo vocês na mão".
Bolas, eu sou
ou não sou o Cabra da Peste? Então mereço isso e muito mais que essas pessoas
comuns que andam por aí. Nesse momento solene, suponho que por obra e graça de
Mário Quintana, “acordei pra dentro”...
E ainda com voz rouca e língua deslizante exclamei de mim para mim mesmo:
– Porra, eu tô sonhando!
Foi então que
acordei suando em bicas. Eu era eu mesmo, o Garanhão de Pelotas saindo de um
pesadelo. E aí, desperto e lúcido, me dei conta
-
Que baita sacanagem! Sonhei que era o Lula!
MORAL DA
HISTÓRIA – O Garanhão pode ser tudo na vida, até um mero colecionador de
aposentadorias. Mas daí a ser o Rufião de Garanhuns, já é demais.
NOTA DO
GHOSTWRITER: O Garanhão de Pelotas
vai me matar ao ver que incluí esse pesadelo aqui no feicebuque.
PONTOS A PONDERAR...
01.
GAIOLA DAS LOUCAS
Alguém aí, corte as asas dessas deslumbradas tresloucadas. Jogue fora a chave da gaiola. Que essas aves de rapina sobrevivam agasalhadas em suas togas, a goles d’água, farelo de pão e nacos de suas próprias plumagens.
02.
PARLAMENTO SEM MEDO?!?
O Congresso Nacional – salvo ainda horrorosas exceções tipo Randolflanelinha e similares – está deixando o medo de lado e começa a recuperar a vergonha perdeu quando se submeteu às ordens e chantagens do STFake – aparelho de uso e abuso de Lul@lcapone, seu bandido de estimação.
03.
MARCHA DOS PREFEITOS
Lá, dos recônditos de um dos seus palcos intramuros, longe, bem distante da voz rouca das ruas e de mais uma consagradora ovação, mandou avisar que desta vez não participará da Marcha dos Prefeitos…
Nada como ser líder de pesquisas tão ‘científicas’ como infalíveis. Não precisa participar de debates; nem de andar ao lado do povo, nem de viajar, como dantes, por esse país. Vai ver que não precisa nem mesmo de votos para ganhar uma eleição que conta com uma sala secreta para a contagem final do escrutínio.
04.
VOLTANDO À CENA DO CRIME
O PT, chefiado por Lul@lcapone – o presidiário mais solto da história desse país - vai ao TSE contra Bolsonaro e seus pastores por ‘propaganda eleitoral antecipada’. Grande coisa. Isso vai ser isso mesmo o tempo todo. O PT e seu Lul@lcaduco vão fazer isso o tempo todo, já que mais não têm o que fazer.
Essa enxurrada de apelos Às barras dos tribunais é só porque a Justiça cumpanhêra nada mais é do que um aparelho às ordens daquele que roubava, deixava roubar e quer voltar à cena do crime.
05.
SÍNDROME DE BOTECO
Diagnóstico de depressão cresceu 40% na Pandemia. Vejam só a falta que faz a boa e velha conversa de boteco. Pura abstinência.
06.
O TROCO
Até que enfim, Bolsonaro está tratando os Lulacaios que vestem toga como os Lulacaios entogalhados o tratam.
07.
INDA QUE MAL PERGUNTE...
Sei que já não há mais tempo nem ânimo para qualquer recuperação, mas é bom que vocês não se distraiam: quem foi que lucrou com o desmoronamento de Moro?!?
08.
QUE PAÍS É ESSE?!?
Que país é esse que assiste estupefato, inerte e submisso a um presidiário manipular a maioria esmagadora da dupla de supertribunais nessa antevéspera de outubro vermelho?!?
09.
PERFIL LOMBROSIANO: RETRATO FALADO DE UM SUPREMO PERSECUTOR
Para Cesare Lombroso, o Pai da Criminologia Moderna, os bandidos teriam mais de 1,69 de altura; teriam crânios maiores do que os crânios dos “loucos”; uma aparência desagradável, mas não de todo deformada, testa ampla e lábios finos e repulsivos.
Para o notável adepto da fisiognomia, outras características comuns seriam orelhas grandes, nariz empinado, queixo protuberante, maxilar largo, maçãs do rosto proeminentes, meio imberbe, caninos a postos e expostos em seus sorrisos semifrios, olhos penetrantes.
O bandido teria um olhar firme e vidrado. Esses riscos sociais ambulantes seriam ainda especialmente insensíveis à dor que são capazes de causar.
Socialmente, os perigosos seriam extremamente vaidosos, a ponto até de facilitar o trabalho de seus perseguidores e donos de um senso de moral extremamente apurado.
Suas paixões exacerbadas os levariam desde as reações desproporcionais e criminosas até às ações mais triviais. Isso sem contar seu interesse antinatural pelo mórbido.
Se você identificar um perfil assim no supremo universo do Judiciário que cuida do crime organizado das zelites, estará concorrendo ao troféu “Retrato Falado” e a uma vaga no Esquadrão do Foro Privilegiado.
Pô, nem
me diga que você está pensando a mesma deplorável e emplumada figura que me deu
na telha...
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