24 de nov. de 2021

 PONTOS A PONDERAR...

1ª Edição – 24/Nov/21 – 4ª Feira

Por: Sérgio A. O. Siqueira

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que uma vizinha, criadora de gatos, raspava as sobrancelhas em sinal de luto, quando um dos seus bichanos morria. Ela ficou sabendo que os antigos egípcios assim procediam e gostou da ideia.

HISTÓRIAS DO BRASIL & LENDAS URBANAS...

ERA UMA VEZ... Quando Lulávaro que se ostenta estrelado subiu a rampa pela primeira vez, em janeiro de 2003. A Polícia Federal estava no meio de uma já longínqua greve salarial. Com o operário no poder, os Federais levavam de barbada o sucesso de sua i/mobilização. Não levaram. Lulávaro Estrelado os deixou chupando o dedo.

Daí pra frente, tudo foi diferente. Lulavarento quis aprender a ser gente: fincou pé e disse que, de greve, ele entendia. Deu bode. Quer dizer, rumores de bode; resmungos de furiosos descontentes.

Sem levar bulhufas, os Federais voltaram por conta própria à atividade, a uma frenética atividade. E saíram ao encalço dos malfeitores de gravata que eram unha e carne com aquele que roubaria e deixaria roubar e seus cabos eleitorais.

E aí deu-se então que Lulavarento, ao inverso do que Bolsonaro vem fazendo agora, não bateu de frente com seus desafetos. Fingiu até que, qual Pietro Mascagni tupiniquim, era ele quem tinha as rédeas da Cavalleria Rusticana.

Tanto é que, mal estourava na imprensa uma daquelas operações de busca e apreensão com algemas e tudo mais, logo surgia no pedaço impávido e colosso, o seu ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tocando suas trombetas como se fosse o capataz da caravana desbravadora.

Botava panos quentes e tudo parecia estar na mais perfeita harmonia entre o governante palaciano e o governo invisível. E tanto a prática se repetiu que, as duas partes logo se acostumaram e as melancias se acomodaram nos carroções.

Aqueles Federais daqueles tempos de outrora, não precisaram mais sair por aí fazendo greve. As melancias amadureceram, a vida ficou doce e quem comeu regalou-se.

Depois foi cada um pro seu canto. Em cada canto uma dor. E um lenço para cada choro. A vida harmonizou-se e o que era diferença acomodou-se.

Com o passar do tempo, dois desgovernos depois, Lulávaro foi-se; Dilmandioca Sapiens abancou-se e a Lava-Jato reapresentou-se.

E o que era concórdia virou discórdia. Dilmandioca pedalou rumo a lugar nenhum e, ainda assim chegou a um paraíso - aonde quer que tenha chegado - posto que seu lugar ao sol deveria ser o pátio de onde ela poderia escrever suas memórias do cárcere.

Parecia que tudo estava em seu lugar. Graças a Deus, graças a Deus... Via-se até o sorriso estampado na cara de muita gente. Mas... Eis que veio a guerra à corrupção;

a ágil Lava-Jato apresentou-se...  Voltaram as prisões dos colarinhos brancos e seus genéricos... Mas, ao descobrir os Filhos do Capitão, logo, como num jato, a Lava-Jato desMoronou-se.

E tudo é agora como aí está. Os cortesãos da Magda Corte com o seu inquebrantável ‘poder moderador’ governam a pátria amada, Brasil. E o Lulávaro está voltando.

PONTOS A PONDERAR...

01.

NÃO SE DISTRAIA

Não se distraia: o Cardeal Richelieu da Magda Corte, Gilmuar Habeas Porcus, é o pai da pandemia no Brasil.

Foi sua arte e manha que levaram seus confrades do STFdp a tirarem o poder de controle do Governo Federal – porque era de Bolsonaro e não de Lulavarento da Silva – transferindo a responsabilidade de combater a onda chinesa do coronavírus para os 27 notáveis governadores e para os 5.569 prefeitos dessa terra de ninguém.

Deu, no que deu: o combate à pandemia virou um pandemônio. O Brasil, em matéria de Covid-19 é uma verdadeira Casa d’Irene – todo mundo fala, todo mundo ri. Ri, de nervoso, à beira de um ataque de nervos.

02.

OS MESMOS DE SEMPRE

Os que mandaram matar Celso Daniel, foram os mesmos que passaram aquela faca para o Adélio Bispo.

03.

OS DIFERENTES

E assim é que ‘somos todos iguais perante a lei’. Menos os cortesãos da Magda Corte.

04.

TOURO DE OURO

A estátua “Touro de Ouro” foi tirada do centro de São Paulo, por violar a lei “Cidade Limpa”. Acho que está certo. Mas, o tempo passa, a vida é boa e a Cracolândia continua numa boa.

05.

QUEIMA DE ARQUIVO

Queiroz diz que escapou por pouco de ser ‘queima de arquivo’. O plano, mais do que manda-lo para as cucuias, seria botar a culpa em Bolsonaro. Se alguém suspeitasse encontraria as digitais de um outro ‘aloprado’ tipo Adélio, ou coisa parecida.

06.

CORAGEM

Em evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça, como se não tivesse nada melhor para fazer nesta terça-feira, Alexandre de Moraes afirmou que as pessoas que usam as redes sociais para dizer o que querem "têm que ter coragem" de ser responsabilizadas... Tá, e os que têm coragem para fazer o que querem e o que não devem têm que ter o quê?!? E outra coisinha: esse ‘responsabilizado’ tem que ser dentro dos limites da lei: instauração de um processo por calúnia, injúria ou difamação. Ordem de prisão é abuso, prepotência e tirania.


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