3 de fev. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é quarta-feira / Acordei com ímpetos de dar esporro / Porque hoje é quarta-feira / Já coloquei a máscara para bancar o Zorro.

01.

PRISCAS ERAS...

Eu sei, você é do tempo em que o it da moda era camisa volta-ao-mundo e nos dias mais fresquinhos usava blusa de Banlon. Naquele tempo eu só viajava para o Rio ou São Paulo no Constelation da Varig.

02.

AS ASAS DA FAB

Ontem, em Brasília, a Justiça confiscou uma mansão enorme e cheia de luxos, por pertencer a uma quadrilha que transportava drogas para a Espanha em aviões da FAB.

Por ironia do destino, ontem mesmo os aviões da FAB pararam de transportar o Rodrigo mala pra lá e pra cá, por dar cá aquela palha. Droga é droga.

03.

BALEEIROS

E o Bloco de Baleia foi derrotado na Câmara. Não passava de um cardume.

04.

VACÍNISMO

Tá, você tomou a primeira vacina. Foi Coronavac, Sinofarm, Moderna, Sputnik, Oxford ou Pfizer?!? E a segunda, qual e quando vai ser?!?

05.

AH, OS FILHOS DA PAUTA!

Como se não houvesse mais ninguém para entrevistar, aquele senhor possante com cara de brabo, o Zé Luiz Datena resolveu ‘falar’ com o insigne Cardeal Gilmuar Roxolisente sobre – vejam só! – a liberdade de Lulavagem da Silva, um dos patrões mais influentes da Suprema Taba das Togas da Mironga.

O tribal não teve dúvidas, aproveitou a brecha e destilou veneno de cobra criada: “Lula é digno de um julgamento justo”. Epa!

Opa! Lula não é digno de mais nada, a não ser voltar para trás das grades, de onde ele foi tirado justamente pelo ilustre ‘entrevistado’.

E o cardeal Gilmuar seguiu trinando: “Nós temos que encerrar essa preocupação midiática de julgar Lula tendo em vista esse desiderato: fazê-lo inelegível”. Epa! Opa! A cretinice agora, virou campanha eleitoral.

Não se distraiam: Gilmuar está dizendo que somos mais de 212 milhões de brasileiros preocupados com eleições e outras canalhices da politicalha.

Bolas, quem ‘tem em vista esse desiderato’ - o tal de manter o patrono do STF inelegível - são só os políticos e os seus lacaios bem remunerados.

O resto da população quer respeito à lei, à ordem e que se cumpra o que a Justiça determinou.

Lulavagem deve ao Brasil e aos brasileiros de boa índole, quase trinta anos de cadeia fechada, por corrupção e lavagem contumaz de dinheiro. E deve devolver também os bilhões que abocanhou e deixou abocanhar.

O pior de tudo é que só depende do lacaio Gilmuar a definição da data de julgamento, pela temível, parcial e comprometida tribo da Segundona, do pedido de anulação das condenações de Lulavagem na Lava-Jato-Raiz, sob alegação de ‘parcialidade’ de Sérgio Moro.

É um nojo ligar a TV à cata de alguma notícia e dar de cara com uma troca de gentilezas disfarçada de entrevista com um energúmeno afetado e despótico metido a arauto da sociedade brasileira.

Um oportunista que usa e abusa do grampo dos autos, comete jurisprudência de ocasião, usa e abusa de ‘provas’ criminosas, de ‘evidências’ roubadas, tudo em nome de conveniências próprias mal disfarçadas de ‘políticas’.

É uma humilhação inominável e desmoralizante uma nação inteira depender das des/informações desses perigosos anti-heróis filhos da pauta.

06.

A POSIÇÃO DE LIRA

Jornalojistas delirantes, deliraram ontem que Lira e oposição fizera acordo para composição da nova mesa diretora da Câmara. O Consórcio dos jornalojões não se deu conta de que Lira ao compor a mesa fez com posição.  

07.

CRÉDITO

Pô, antes só o Bolsonaro acreditava na Anvisa...  Agora, fazem fila para se deixarem vacinar.

Não, não é que eu não queira uma vacina tão imunizante quanto salvadora da pátria, amada, Brasil e sua valorosa população...

É que eu não confio nessa gente e nem nessas entidades fantásticas de ocasião. Não confio nem em políticos, nem nos jornalojistas do Consórcio de Coveiros da Notícia, nem nos ‘cientistas’ das instituições que ‘estão funcionando’.

Gostaria de me vacinar, mas não por essa pandilha de ocasionais e oportunistas salvadores da humanidade.

Por ora, continuo lavando bem as mãos com muita água e sabão; usando álcool-gel; tomando chuveiradas escaldantemente ensabonetadas, preservando distanciamento social, evitando aglomerações e, claro, usando máscara, aparato asfixiante que me deixa com espírito de Zorro.

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