PONTOS A PONDERAR...
1ª edição –
21/set/21 – 3ª Feira
Por: Sérgio A. O. Siqueira
PRISCAS ERAS...
Eu sou do tempo em que motorista de carro-de-praça lá em Pelotas, minha pátria pequena que deixei no Sul, era ‘chofêr’ que, se não sabia ‘guiar’ direito fazia bagunça no trânsito e armava um tremendo bafafá.
QUARENTENA DÁ CADA IDÉIA...
Se eu fosse o Bolsonaro aproveitava a boa vontade dos caras da ONU e tomava uma injeção anti-rábica lá em Nova Iorque mesmo e acabava com essa onda de rebeldia heroica: como a picadura seria por lá, eu não estaria furando a fila e nem me vacinando antes que ‘o último brasileiro fosse vacinado’. Só com um detalhezinho: não tomaria vacina nesse ônibus posto à disposição na frente do edifício da ONU pelo prefeito de NY. O cara não é de confiança.
HISTÓRIAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
ERA UMA VEZ... Lá pelos idos de setembro de 2013, quando vocês me abriram os seus braços e eu lhes abri meu coração. O que lhes contei então, conto agora. Sem tirar uma linha, sem botar uma vírgula... Vambora nesse remelexo de baú:
Não
fui daqueles moleques de usar bodoque nos folguedos tirados pelas redondezas de
casa, fora do horário de colégio. Nunca matei um passarinho na vida. Nem sequer
fui de tratar "Bem-te-vi a soco" em momentos de solidão
infanto-juvenil.
Fui
daqueles brigões de pátio da escola, nos tempos de ginásio que saía do berro e
do papo para o sopapo de mão aberta e espírito desarmado.
Da
adolescência para a maioridade nunca peguei numa arma daquelas que o Zé Dirceu
disse que usava na sua biografia bem armada e muito menos me meti a chegar
perto daquele arsenal que correligionários garantem que Dilmandioca Vana
escondia embaixo da cama quando dormiu com a democracia e acordou com a
ditadura. Não estranhe a imagem; ela sempre teve aquele jeitão meio endurecido
de ser e fazer as coisas.
Aos
18 anos cumpri o serviço militar obrigatório. Foi quando peguei um mosquetão Mauser,
principal atração da Segunda Grande Guerra.
No
compulsório treinamento de tiro ao alvo, com medo de ficar atirando até
aprender a mirar direito, caprichei tanto que alcancei a melhor nota do
treinamento e virei, de repente, o melhor atirador daquela turma do 2° Batalhão
do 9° Regimento de Infantaria.
Escalaram-me
para representar o quartel da ‘minha’ Região Militar, numa competição nacional
do Exército, em Santa Maria da Boca do Monte. Foi quando banquei o Zé Genoíno:
aleguei que estava doente. Fui dispensado da prova e peguei uma semana de ‘Enfermaria’.
De
lá pra cá, nunca mais peguei em armas. Sou briguento no trânsito até hoje, mas
em política uso apenas o voto como instrumento bélico... E, devo confessar: os
meus textos e o meu berro. São as armas que carrego e descarrego à toda hora.
E, não é lá muito raro, costumo acertar na mosca. Se me chamarem para qualquer
competição, dessa vez eu vou. Não é mole, nem muito digno, bancar o Genoíno.
Ninguém aguenta; acho que nem ele.
Em
todo caso, esses prolegômenos todos, são apenas para dizer que sou um
anarquista meia-boca, mais revoltado do que rebelde. Jamais daria a "minha
vida por um ideal", muito menos pela Minha Casa Minha Vida, nem pela Casa
Verde-Amarela ou coisas quetais. Bolas, carambolas, o que seria do meu ideal
comigo morto?!?
Então
não me convidem para sair por aí de máscara na cara, meio black bloc, com paus
e pedras nas mãos, ou com a metralhadora que Dirceu e Dilmandioca Vana deixaram
no paiol de suas histórias de guerrilhas carimbadas. Pôhaaa! Eu não sou eles!
Sei
que a situação é de lascar. Está ficando insuportável; não dá mais para aturar
esse Estado esculhambado, essa patifaria imune e impune. Sei que ninguém
aguenta mais essa esbórnia, essa mixórdia com cara de uma das mais esculachadas
democracias do planeta; com o jeito da mais brasileira bagunça republicana. Eu
sei, você sabe, nós sabemos que eles estão pedindo pra levar.
Eles
estão pedindo, mas eu me recuso a aderir à chamada luta armada. Não sou como
eles. Para mim, os fins não justificam os seus meios e muito menos os seus
inteiros. Simples assim.
Eles
pegarem em armas - hoje eu tenho absoluta certeza - para acabar com a ditadura
e colocar uma novinha em folha no seu lugar. Um ditadura disfarçada de
democracia; mais simpática, mais esperta, mais cínica e perniciosa. Um ditadura
bem igualzinha a esta que estamos vivendo.
E
então, para iniciar uma revolução - revolucionar é preciso! - não há que
pegar-se em armas, posto que os comandantes de hoje são civis que mandam e
comandam militares. O meio mais seguro de nos livrarmos dessa pandilha de
depredadores do patrimônio público e do Estado brasileiro é - ainda que pareça
difícil - suprimir com os motivos que os tornaram donos desse País: poder e
riqueza.
Sem
a brutalidade das armas, apenas com a firmeza do nosso repúdio a todos os atos
desses proprietários indébitos do nosso País, a gente pode trazer o Brasil de
volta ao povo bom e capaz de endurecer-se sem perder a ternura.
Cuspam
nas bolsas famílias, nas cestas básicas distribuídas por malfeitores condenados
por achaque aos cofres públicos; recusem casas de papelão; exijam saúde para
eles no padrão que o povo tem no SUS e para nós o atendimento à la
Sírio-Libanês e Albert Einsten; não saiam para seus trabalhos nos transportes
coletivos sucateados; digam para os bandidos assaltarem os palácios e não as
nossas casas...
Exijam
qualidade de vida, igualdade social de verdade; recusem esmolas; não se deixem
flagrar ao lado deles; não os convidem para nada; não frequentem os bares,
restaurantes, cinemas que eles frequentam; não comprem carros usados deles; não
paguem impostos para eles desfrutarem; não aceitem dinheiro e nem emprego deles
que é tudo quanto eles têm para oferecer... Não votem neles!
Faça
logo essa revolução que já é tardia. Cometa essa loucura revolucionária com sua
vontade inabalável de querer reinstituir a virtude nesse Brasil.
Embora
eu me revele aqui um sonhador, um idealista incurável, espero que essa
revolução pacífica que tem a pretensão de que os homens sejam bons e a
sociedade livre, moderada, igualitária, generosa e justa, acabe provocando nos
brasileiros de boa vontade o desejo de prender e arrebentar a todos esses donos
dos três Poderes constituídos, do instituído 4° Poder e do mais pernicioso e
letal de todos eles, o governo invisível que hoje já não consegue mais se
esconder.
Assim
de espíritos armados e mãos abanando votos rasgados, se há de provar que uma
revolução não precisa de armas, mas também não se faz com água de rosas. E
assim é que 2022 está aí. E você aí... E daí?!?
PONTOS A PONDERAR...
01 – Os luláticos não cabem em si de contentamento: o tal de ‘Fique em Casa!’ levou à quebradeira e ao fechamento de quase 600 mil empresas. A bandidagem não deixou governar, por um minuto sequer, aquele que não rouba e não deixa roubar. Essa canalhada unida, jamais será vencida.
02 – COVIDÃO – Wilson Lima, governador do Amazonas virou réu por roubalheira geral dos fundos de combate à pandemia. E a tal CPI do Covil finge que não vê o Covidão.
03 – CPI DO COVIL DE BARROSO – Isso não é mais do que um arrastão na na ética, na moral e na dignidade do povo brasileiro. Não tem um ficha-limpa na escalação dessa bandalheira que saiu do gabinete maléfico do Bodoso Togado Pernas-Abaixo.
04 – CENSURA PRÉVIA - Não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário e vice-versa com relação a Paulo Freyre. Só não podemos agora, graças aos arrepiadores da Constituição, exercitar o direito à livre manifestação de pensamento e expressão se essa manifestação for contrária à imagem do ídolo dos intelectualoides entre glacês e caviares.
A notícia é a versão que está nas entrelinhas: o chineses já estão ficando com cara de tigrão ocidental. E a tal de Evergrande não é tão grande assim.
06 – LEILÃO 2022 - Fusão que aglomera o DEM e o PSL acaba de criar uma ‘superbancada’ na Casa dos mais de 300 picaretas e mira a Presidência em 2022. Agora é só uma questão de saber quem dá mais.
07 – EUFORIA JORNALOJÍSTICA - Os jornalojistas filhos da pauta do Consórcio da Imprensa Marrom-Glacê, está em polvorosa lá em Nova Iorque: descobriu que, por falta de vacina, Bolsonaro entrou pelos fundos no hotel em que também está hospedado o vacinado Joe Biden. E delirou mais ainda, ao ver que, pela mesma razão, Bolsonaro e seu séquito comeram pizza nas calçadas da Cidade que Não Dorme.
08 – ELEIÇÕES 2022 - Você ainda não entendeu que, além de ser um
abobado, precisa ser pobre para seu voto custar barato?!?
09 – UMA COISA, OUTRA COISA - Nessa pandemia, por fora nossos erros não têm cura; por dentro, não têm remédio. Pela 3ª via das dúvidas, vacinar é preciso. Em todo caso vacinação é uma coisa, fascinação é outra.
10 – INDA QUE MAL PERGUNTE: No seu modo de ver as coisas do jeito que elas são, quem é o Burro da Magda Corte?!?
11 – A FARSA CONTINUA,
CUMPANHÊROS - Para Lulambança,
o Mensalão era uma farsa; o Petrolão era uma farsa; o impeachment era uma
farsa... Para Luladino, só o Luladravaz não é uma farsa.
12 – O SUPER-HERÓI - Essa chamada ‘postura’* antivacina de Bolsonaro, diz a imprensa marrom-glacê, está repercutindo na imprensa estrangeira. Se insistirem muito, vão acabar transformando o herói brasileiro num super-herói interplanetário.
(*) – Postura – Pô, postura é de galinha...
13 – PONTO 13. A PARADA 13
É DELE - Do Garanhão de Pelotas:
“O Lula foi um pobre que fez voto de riqueza”.
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