15 de mar. de 2020

PONTOS A PONDERAR...


O PRINCIPADO FHC

Uma das figuras mais metidas a besta na história da politicalha é a do pernicioso príncipe da sociologia de si mesmo, o tatibitate FHC – mentor do Lulavírus da Silva na arte e manha da estratégia da coalizão pela governabilidade, o nefando ‘toma lá, dá cá’ – versão avacalhada e esperta do ‘’me dá primeiro que depois eu te dou’’.

Ele agora, do alto de seu instituto de auto-alimentação e espertezas vive dando pitacos sobre o que diz e faz ou não faz o hoje presidente Jair Bolsonaro. Bolas se ficasse calado não comeria mosca. (*) Tá fala FHC, abre a boca-mole, mas só o suficiente para que continue entrando mosca.

Nos oito anos de principado de FHC o que não faltou foi escândalo; todos, sempre acobertados e mantidos impunes. Alguns deles são inolvidáveis:
01.
SIVAM – Na faixa de largada do primeiro governo FHC, pipocaram denúncias de corrupção e tráfico de influências no contratinho mixuruca de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia, o popular Sivam. Dançaram então, um ministro e dois assessores presidenciais. A CPI instalada no Congresso, sob pressão, resultou num relatório de pizzaiolo com pizzas requentadas para o Ministério Público.

02.
PASTA ROSA – Não demorou nada e estourou a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). O grande lance era o Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer). FHC embuchou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado, o babalorixá ACM. A CPI não durou cinco meses: abençoou o “socorro” aos bancos quebrados e nem de longe averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que tinha o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.
PRECATÓRIOS - Em novembro de 1996 bombou a falcatrua no pagamento de títulos no DNER - Departamento de Estradas de Rodagem. Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. Isso deu de cara, um prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A imundície acabou sufocando o órgão. Os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.
COMPRA DE VOTOS - Em 1997, gravações telefônicas mergulharam em forte suspeita a aprovação da tal emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, teriam se embuchado com R$ 200 mil para bufar a favor do projeto do governo. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido. A criação de uma CPI foi bombardeada pelos amigos do Príncipe.
DESVALORIZAÇÃO DO REAL – Ah, tá, você já esqueceu daquele escandaloso estelionato eleitoral, quando o governo promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Na época, FHC e sua pandilha socorreram com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam – os dois vivendo sob as asas da tucanagem de alta plumagem. Depois de envelhecer dois anos na Câmara, a CPI foi arquivada por pressão da bancada principesca.
PRIVATARIA - Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucanão Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Foi o maior rebu. Mas FHC conseguiu evitar a instalação da CPI.
CPI DA CORRUPÇÃO - Em 2001, batendo asas sobre um mar de lama, a tucanagem ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra o jeito de governar de FHC. A seleção canarinho de 28 casos de corrupção na esfera federal, com destaque para as falcatruas da Sudam, da privatização do sistema Telebrás e do envolvimento do então ministro Eduardo Jorge. Todo o luxo desse lixo ficou impune.
EDUARDO JORGE - Esse, por si só, já era um escândalo. Secretário-geral do príncipe, Eduardo Jorge agüentou e saiu ileso de uma coleção de denúncias no principado FHC:
01) esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; 02) montagem do Caixa-2 para a reeleição de FHC; 03) lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; 04) uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações.
Nada disso foi apurado e agora vem o boquirroto FHC dar pitacos e deitar falação sobre tudo ou nada, sobre qualquer passo em falso ou vacilada de Bolsonaro. Bolas, nem é que Bolsonaro não mereça ser criticado e até condenado; o que é mesmo é que FHC não tem moral para, pular calado sobre os desmandos dos 16 anos de PT no poder, e meter a mão com um governo que nunca lhe deu a mão nem lhe pediu voto, ou opinião.
Naquelas priscas eras, FHC contava com as bênçãos do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro – o Engavetador-Geral, a versão pelo avesso de Gilmuar Remendes, o Soltador Ambulante dos Lulavagens que hoje não se conformam com o combate à corrupção.

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