15 de set. de 2020

PONTOS A PONDERAR

Por: Sérgio A. O. Siqueira

A REFORMA FUNDAMENTAL

Antes de mexer ou remexer em qualquer engrenagem da emperrada e monumental máquina pública, aparelhada criminosamente pela politicalha que vem destroçando esse país, é preciso reformar o péssimo hábito que virou vício do poder ilimitado dos políticos para nomear, indicar e emplacar servidores sem concurso, desqualificados e sem especialização na estrutura estupidificada dos poderes constituídos.

Não há uma instituição que esteja ‘funcionando’ que não tenha sido invadida por esses operadores de negócios e serviços a seus padrinhos, cabos eleitorais que não fazem outra coisa do que senão servir a seus amos e senhores, enquanto emperram, soterram, afundam essa pátria, amada, Brasil.

Eis que eu estava pensando em pesquisar coisas e loisas a respeito dessa saúva que está acabando com o Brasil, quando recebo in box, valiosas informações de uma amiga aqui de casa, cuja identidade não pedi permissão para divulgar, mostrando justamente o que é essa gandaia que dá força e poder de destruição e de corrupção ativa e passiva aos políticos eleitos ou não, de todos os tamanhos e feitios nesse país.

QUE NÚMEROS!

Vejam o resumo da ópera que recebi pelo Messenger:

Um Presidente da República; um Vice-presidente da República; um Presidente da Câmara Federal; um Presidente do Senado Federal; 81 Senadores; 513 Deputados federais; 27 Governadores e 27 Vice-governadores; 27 Câmaras estaduais; 1.049 Deputados estaduais; 5.568 Prefeitos; 5.568 Vice-prefeitos; 5.568 Câmaras municipais e 57.931 Vereadores...  Façam as contas: um total estupidamente fantástico de 70.794 políticos de todas as cores e facções partidárias.

E la nave va: são nada menos do que 12.825 assessores parlamentares da Câmara Federal – todos sem concurso; 4.455 assessores parlamentares do Senado, sem concurso; 27.000 assessores parlamentares das Câmaras Estaduais, sem concurso - dado estimado, por despudorada falta de transparência; 600.000 assessores parlamentares das Câmaras Municipais, evidentemente sem concurso – e num cálculo estimado, pela mesma depravada e malandra falta de transparência.

Total Geral: 715.074 ‘aparelhos’, lobistas, operadores, não concursados.

E então chega-se ao cálculo dos gastos com essa pandilha de agentes dissimulados a serviço e serventia dos proprietários do Brasil da Silva:

Isso quer dizer R$ 248 mil por minuto; R$ 14,9 milhões por hora; R$ 357,5 milhões por dia; R$ 10,7 bilhões por mês;

Gasto Total: acima de R$ 128 bilhões por ano, mais R$ 6 bilhões do Fundo Partidário atualizado para este 2020, podendo assim duplicar esta lista de valores. E tem mais: uma michariazinha de R$ 2 bilhões de Fundo Partidário para este glorioso ano eleitoral minoritário.

PESSOAS E ‘ELES’

Diz a dona do relato que “os valores ficarão absurdamente inadmissíveis, inaceitáveis e inviáveis de serem pagos pelo contribuinte”. Ela pondera ainda que “o governo deveria na reforma administrativa, cortar pela metade estes valores que têm tudo a ver apenas e tão somente com os seus benefícios e salários”.

Além disso, corre livre, leve e solto o rombo na Previdência Social com suas aposentadorias tão estranhas quanto estratosféricas e vice-versa.

E então, ao tentarmos tomar fôlego, respiramos o ar fétido de 35 partidos políticos registrados no TSE e já sentimos o odor de outras 73 facções, ainda em formação.

Resumo da história mal contada desse Brasil da Silva: Que povo é o povo brasileiro que vive num país que não sabe que país é esse?!?

RODAPÉ NOS NOSSOS FUNDILHOS – O erro é admitirmos e, pior ainda, ficarmos na expectativa que façam as reformas que a sociedade e o país precisam. Bolas, são eles! São ‘eles’ que farão as reformas! Estamos fuxicados e mal pagos.

A solução é nenhum brasileiro, político ou não, jamais poder indicar, escolher, nomear alguém para qualquer lugar da máquina pública, sem concurso e sem a comprovada qualificação técnica. A saída é acabar com os cargos de confiança e com as terceirizações. O mal incurável do Brasil é que ele é habitado por pessoas e por políticos.

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