13 de abr. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é terça-feira / É quando vejo as maldades e sujeiras do Supremo / Porque hoje é terça-feira / Que se pego uma toga com um sujo dentro, eu espremo.

01.

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que a Wikipédia era em carne e osso e atendia pelo nome de ‘Tesouro da Juventude’, fonte internacional de consulta e cultura geral que, em 1964 foi desbancada pela modernosa ‘Enciclopédia Barsa’, hoje morta e sepultada por qualquer Google da vida...

02.

PRA PORRADA

Disse Kajuru e acredite quem quiser que Bolsonaro disse que ‘iria pra porrada com Randolfe”. Ah, com açúcar até eu. Eu só não iria ‘pra porrada’ com aquele frangote espevitado, para não me chamarem de prevalecido. De qualquer maneira, Jorge Kajuru é hoje, o Mário Juruna do Bolsonaro.

03.

O GOSTOSÃO

Pois, dizem os jornalojistas de plantão policial que Monique, mãe de Henry, contou ao pediatra que Henry tremia e vomitava ao ver Jairinho. Isso a gente até pode imaginar, mas o que não dá para entender é por que ela não largava e nem larga o gostosão.

04.

AGORA VAI, OU: NÃO

Um tal de senador Eduardo Girão, de um tal de partido Podemos, acaba de conseguir o número necessário de assinaturas para protocolar o pedido de criação de uma CPI para investigar “a conduta de estados e municípios na pandemia da Covid”. Ah, bom.

Agora sim. Ainda que, embora não. Tão ruim quanto uma CPI zarolha é uma CPI de olho arregalado. As duas sempre terminam em pizza. Mas, pelo menos, uma CPI da Pandemia é menos tendenciosa do que a CPI do Barroso.

05.

DITADORES NOS ESTADOS

Nesta manhã de segunda-feira, Bolsonaro chamou os governadores de “ditadores”, na saída do Palácio da Alvorada.

Perguntado sobre a retomada da atividade turística no Brasil, o Pai dos Filhos do Capitão disse que “primeiro temos que restabelecer o direito de ir e vir da população. O problema é mais sério do que se pode imaginar. Temos ditadores fazendo barbaridades em seus estados”.

Falou e disse.

06.

LIBERDADE MESMO

Só vale a liberdade de expressão, se revelada a preterintencionalidade. É o seguinte: você não pode exagerar. Liberdade de expressão é um direito, sim senhores. Mas é também, uma tremenda obrigação.

Deixe ver se eu me explico bem: se aquilo que você disse, escreveu e leu e o pau comeu foi feito com plena consciência do efeito que causaria, então é por que você tinha plena consciência do estrago que poderia causar, ou não, para o bem ou para o mal.

Então está bem, você queria o bem, mas deu-se que o mal venceu. Aí, o dolo inicial contido na sua liberdade de expressão, transformou-se em culpa. E você se tornou eternamente responsável por aquilo de sua liberdade de expressão causou.

Resumo da ópera bufa: seja sempre exato, claro e conciso no exercício de sua mais ampla liberdade de expressão. Ou faça como eu: diga o que pensa, sem mentir, ainda que impreciso, nebuloso e prolixo. Ou, não. Bem assim como eu.

08.

Laudo aponta que o garoto Henry tinha 23 lesões no dia da morte. E a dupla de canalhas diz que ele ‘caiu da cama’. Claro que caiu. Caiu assim que, depois de barbaramente torturado, foi jogado da cama para o chão. E foi então que, por acaso, o menino caiu.

09.

O JURUNA DO MAL

Jorge Kajuru é, sim, a versão traíra do cacique Mário Juruna. Kajuru fez com o Bolsonaro no Planalto, o que o Juruna fazia com os caras-pálidas da Esplanada dos Ministérios. Juruna, no entanto, pensava para o bem.

10.

COMOVENTE DESESPERO

Chega a ser comovente o desespero dos jornalojistas filhos das pautas do Consórcio Mercenário da Notícia, tentando impedir que a CPI do Barrento se estenda à conduta do STF, de governadores e prefeitos no controle da pandemia. Diante dessa opereta de canastrões e inda que mal pergunte, você deixaria o STF, governadores e prefeitos de fora dessa CPI do Barrento?!?

11.

OLHA SÓ O NÍVEL...

Rodrigo Pacheco, presidentão do Senado Federal, fará consulta para saber se a CPI do Barrento pode investigar governadores. Ah que meigo. A quem será que ele vai consultar?!? Ele vai perguntar para o bispo se pode cuspir na cruz?!? Pô, que nível.

Que país é esse em que se pode investigar o presidente da República, mas não se pode avaliar a conduta de um governador. E tem mais uma porcariazinha de nada: não tem nada que consultar coisa nenhuma; tem mais é que investigar a conduta de toda essa caterva que instalou o pandemônio na pandemia. A começar pelos divinais ocupantes dos cargos de confiança lá do Olimpo das Togas.

12.

A CORRIDA DO OURO

Você já sabe que a Corrida do Ouro das Vacínicas não é só aqui nessa velha e boa Terra de Santa Cruz. Ela se dá pelo mundo afora. Mas, por aqui, a coisa foi profissionalizada desde que, Janjão Doria, O Ladino da Pauliceia Desvairada, instalou um pomposo escritório paulista de intermediação de toma lá dá cá, em Xangai, no coração da China.

Mas, fiquemos por aqui mesmo, pelas nossas redondezas, fazendo contas de cabeça, sobre o que é mesmo a Corrida do Ouro. Procure saber quanto custa um frasco de cada injeção para a gente ‘brincar de doutor’. Eu já lhes digo os preços de mercado:  

01) Oxford/AstraZênica, com 70% de eficácia, R$ 20,00;

02) Sputnik-V, 95% de eficácia, R$ 55,00;

03) Pfizer/BionTech, 95% eficaz, R$ 105,00;

04) Moderna, 94,5% eficiente, R$ 197,00;

05) CoronaVac, de eficácia ainda não divulgada, R$ 55,00.

E então agora, sempre que você ficar sabendo de uma encomenda de 20, 30, 40, 50 milhões de doses para vacinar em primeira mão, ou primeiro braço de idosos, ou qualquer outro tipo de very important people, multiplique esses milhões de unidades pelo preço de cada uma. E eis aí então, a pontinha do carretel que envolve a Corrida do Ouro.

13.

PONTO 13

A Parada 13 é dele. E não se distraia, pô. Se você já se esqueceu, dá licença que eu vou lembrar de que, naqueles grandes negócios com Angola, Paulo Bernardo, então marido da então Bonequinha de Luxo, Gleisi HoHoHoffmann, era o papagaio-falante do pirata Lulavagem da Silva que intermediava contratos com a Odebrecht.

E aquilo sempre foi só mais um dos grandes negócios com as ditaduras africanas. E todo mundo faz boquinha de siri. Ninguém, nunca mais perguntou “cadê, as provas, cadê?!?”.

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