27 de jul. de 2021

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

Porque hoje é terça-feira / Cadê a democracia, cadê, meu irmão?!? /Porque hoje [é terça-feira / Aqui, o direito ao voto virou obrigação.

PRISCAS ERAS...

Eu sou do tempo em que tremia de medo só em pensar que poderia quebrar um espelho e ter azar para o resto da vida. Essa besteira só me saiu da cabeça quando descobri que essa lenda tenebrosa nascera na Idade Média, quando os primeiros espelhos de vidro surgiram: como eram objetos muito caros, os empregados eram avisados de que quebrá-los dava azar...

QUARENTENA DÁ CADA IDÉIA...

E de ontem para hoje, vendo essa balbúrdia toda no começo de uma anunciada reforma ministerial, fiquei pensando: já que o Bolsonaro vai mudar o titular do Ministério da Defesa, por que ele já não cria logo o Ministério do Ataque?!?

Ah, sim, sim, eu tive outra idéia também: no Brasil, o preenchimento de cargos de divinos salários é feito por políticos, ao invés de ser por concurso e provas de qualificação e mérito. Está faltando apenas uma emendazinha constitucional que mande prender todo aquele que nomeia servidores públicos por formação de quadrilha.

HISTÓRIAS DO BRASIL

Era uma vez...  Um país descoberto, há priscas eras, por um navegador português que lhe deu o nome de Terra de Santa Cruz, apelido que não pegou.

Logo o lugar lindo, divino, maravilhoso passou a chamar-se Brasil, em veneração e homenagem ao charme, à beleza e a dureza do seu pau: o Paubrasília Echinata, da árvore típica da Mata Atlântica e que os nativos guaranis usavam a mais não poder.

Pois, nesse país fincado no Cone Sul do mundo, depois da Primeira Missa muitos pecadilhos foram cometidos. E tantos foram os pecados que veio o tal tempo de redemocratização que, por ironia e travessura do destino começou em 1985 com o emaranhado Zé Sarney.

E hoje, em razão do que se anda falando da reforma ministerial de Bolsonaro como se fosse um bicho de sete cabeças, eu lhes trago à memória que, quando chegou a vez de FHCecê presidir essa terra de ninguém, ele, o autoproclamado Príncipe dos Sociólogos, no seu tempo de governo, nomeou 99 ministros e substituiu 70.

Aí veio para a felicidade geral dos que roubam e deixam roubar, o Lulavagem da Silva que, sem fastio nenhum, nomeou 103 e demitiu 74.

Depois de oito intermináveis anos de glória ao deus dos ladravazes, veio Dilmandioca Catavento Sapiens, que ensacou 107 ministros e soltou aos quatro ventos nada menos do que 89 ministros. Pronto, eis que chegou a vez de Bolsonaro, o Pai dos Filhos do Capitão. E qual é o pó?!?

01.

A OBRIGAÇÃO

Ninguém vai me convencer de que há democracia num país em que o voto deixou de ser um direito para ser uma obrigação. A obrigatoriedade é a munição dos políticos para a arma do povo.

02.

HIDRATAR É PRECISO

Falam os cientistas preferidos pelos jornalojistas do Consórcio da Imprensa Marrom-Glacê: “Tempo seco irrita olho, nariz, ouvido e garganta”. Ah, tá... Mas aí já não é secura; é Variante Delta, pô!

03.

PROPINAÇO

Efeito da aglomeração com o Centrão: Bolsonaro está para detonar o Fundão de R$ 5,7 bilhões e já acena com um oportunista abatimento que reduzirá a estúpida gorjeta para deslavados R$ 4 bilhões. Isso é que é propina, pô!

04.

REFORMA MINISTERIAL

Bolsonaro, hoje cercado de conselheiros, foi aconselhado a reformar a reforma ministerial que pensou reformar. O Ciro Nogueira nem entrou na casa Civil e já está de malas prontas para pegar outra pasta. Desse jeito, Bolsonaro não reforma: deforma.

05.

OS CIENTISTAS   

Nunca antes na história desse país se viu tanta besta magnífica com ares de ‘cientista’ palpitando sobre um vírus que eles mesmos, os cientistas, garantem que morre na casca com água quente e sabão.

06.

GESTO DE BONDADE

Bolsonaro desdenhar do Fundão de R$ 5,7 bilhões e, num gesto de bondade, reduzi-lo para módicos R$ 4 bilhões, só significa uma coisinha de nada: ele mais que dobrou a gordurama da velha pandilha de patifes que tomou de assalto esse país.

07.

LUTA SEM QUARTEL PELA 3ª VIA

Diante do menos ruim – que seria o Pai dos Filhos do Capitão – e do péssimo que é o mais rico Pai dos Pobres, até a caserna, numa luta sem quartel, já anda à cata de uma 3ª Via para 2022.

Resumo da ópera bufa: Ciro Gomes, Sérgio Moro, Mandetta, Pernetta, Dorietta, Gazeletta & genéricos não servem nem como atalho e muito menos como uma via alternativa.

Uma vez mais, em outubro do ano que vem, o brasileiro vai exercer o direito de ser obrigado a votar no menos ruim ou no péssimo.

08.

À MESMA MESA

Vou repetir o que já disse aqui há mais de um ano: sentar-se à mesma mesa em que o Centrão é ser um dos convivas. É o mesmo que dizer que não come caviar, mas não resiste a uma boa lagosta. O Centrão é o abominável bloco dos partidos que trocam apoio por cargos políticos.

09.

E POR FALAR EM REFORMA...

Só a indignação do povo pode promover a mais urgente e libertadora reforma: a reforma moral. Ela é que estabeleceria o regime que o Brasil precisa e merece: Legalidade, sim! Leguleio, não! Legalidade, sim; corrupção, não! Ladrão é ladrão, cidadão é cidadão.

O clamor das ruas, o roncar das motos, a freada dos caminhoneiros – a mobilização de quem nunca se acostumou com o mal - talvez pudesse conseguir, sim senhores aqui da planície, que amanhã ou depois, não muito longe daqui e sem muita demora, todo poder emane do povo e em seu nome seja exercido... para que ao povo seja devolvido. Reforma moral, já!


Nenhum comentário:

Postar um comentário