18 de out. de 2020

PONTOS A PONDERAR...

Por: Sérgio A. O. Siqueira

O ARTEFATO SÓ ATRAPALHA

Vejam só esse relato da revista virtual “Crusoé” que o site O Antagonista liberou de uma reportagem completa sobre a cuequice do momento, inclusive para quem não é assinante patrocinador de suas bem-traçadas linhas:

“Quando chegaram ao imóvel, por volta das 6 horas da manhã, Chico Rodrigues vestia pijama. Indagado se havia dinheiro em espécie na casa, o senador negou. Quando os agentes terminaram de vasculhar o quarto do filho dele, notaram que havia ‘um grande volume, em formato retangular, na parte traseira das vestes do senador’, que voltou a negar a existência de dinheiro ao ser questionado sobre o tal volume incomum”.

E a reportagem vai que vai: “Desconfiados, os policiais decidiram revistar o político, e encontraram 15 mil reais na região das nádegas – algumas cédulas, acomodadas em uma área ainda mais íntima, foram retiradas pelos policiais sujas de fezes. Em seguida, após nova insistência dos investigadores, o senador, irritado, retirou mais 17,9 mil da parte da frente da cueca”.

E a audaz e animada “Crusoé” bota os podres da triste cena para fora. Conta que “Para além da situação repugnante que protagonizou, Rodrigues é suspeito de integrar uma organização criminosa que desviava dinheiro de compras superfaturadas de equipamentos de proteção individual, os EPIs, e testes rápidos de Covid. As aquisições eram feitas pelo governo de Roraima por meio de recursos de emenda parlamentar liberada pelo governo federal de forma emergencial”. 

Claro que a putrefação é explícita nesse lamaçal que vem banhando a politicalha brasileira desde que Sarney, em 1985 virou presidente da República no lugar do faraó Tancredo Neves que subiu a rampa num sarcófago. A gente nem precisa ir nas entrelinhas para saber que a versão é a própria notícia de que essa pandilha que vem nos governando perdeu a linha por completo.

Descolo-me da canalhice cometida, posto que se trata de pratica absolutamente corriqueira entre esse tipo de ‘autoridades’ civis, militares e eclesiásticas brasileiras, de tal forma e tanto que já não causa espanto algum.

Fico apenas com o sumário de culpa de quem sabe muito bem dos atributos do seu esconderijo.

RESUMO DA ÓPERA – Os fundos do senador, apesar de profundos, não acomodavam tanta quantidade de grana quanto a frente, onde o diminuto artefato comprovador da masculinidade do portador, deixava amplo espaço de armazenamento. Tá na cara que nada na vida desse voluptuoso e tristemente hilário senador lhe dá mais prazer do que...dinheiro. O pingolim só atrapalha; nem volume faz. Tanto é que a desconfiança toda de arguto delegado começou pelo quadradismo dos fundilhos do nobre parlamentar.

PENÚLTIMO ATO

Depois de tudo, o senador Chicueca Rodrigues ficou tranquilo, sentadinho nas patinhas de trás, quando baixou as calças e mostrou a cara ele baixou também a bola e, calmo e sereno, comeu em tranca. Ele sabe que tudo vai dar em nada: bunda é mania nacional.

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