9 de nov. de 2016

TRUMPETE VENCE O SAXOFONE
Trump ganha a Casa Branca. E agora?

Às 5h30 de hoje no Brasil, Trump ultrapassou os 270 votos necessários e virou 45° presidente dos Estados Unidos. Ninguém ficou mais surpreso com a vitória de Trump do que Donald Trump.

E assim é que deu Trump. Os Estados Unidos merecem. Esta eleição mostrou que patriotismo nos Estados Unidos é quando os americanos desdenham de todos os países. Principalmente do país deles.

A eleição nos Estados Unidos acabou assim como se os americanos tivessem uma única opção: escolher entre um senhor que parecia bêbado e uma senhora que se fingia de sóbria.


Hillary Clinton, acostumada com o saxofone de Bill, subestimou Trumpete. O que aconteceu é que Hillary se descudiou e deixou cair o sabonete diante de Trump. Bailou.

Tanto me importavam e me importam ainda agora as eleições nos Estados Unidos que não mostrei em tempo algum qualquer interesse pelo processo eleitoral deles lá. 

Cheguei, uma vez lá que outra, a confessar alguma preferência mais pela figura de Hillary Clinton do que pela imagem desfocada de Donald Trump. Mas a recíproca sempre foi verdadeira.

Esta eleição nos Estados Unidos não teve nada a ver com a arte da escolha; foi uma eleição de rejeição. O menos rejeitado venceu. E então taí! 

Fosse por aqui, as urnas eletrônicas dariam um jeito nessa coisa. E então agora se sabe o que Hillary não tem que a Dilma teve: Dias Toffoli.

Mas, vitória é vitória. E no caso americano, vitória é uma sensação de poder que se ganha nas urnas e se perde logo depois nos corredores da Casa Branca. Tudo que foi prometido, dificilmente será cumprido. A diferença entre Obama e Trump serão apenas os chiliques e cacoetes.

Preciso é não esquecer que o presidente dos americanos tem mais poder sobre o resto do mundo do que manda nos Estados Unidos. Lá o Parlamento tem força para impedir as grandes loucuras de quem ocupa a Casa Branca. O diabo é que os republicanos mantém o controle da Câmara e do Senado.

Se,por um lado o povo americano vai pagar caro para ver Trump na Casa Branca, por outro, não ver mais a cara da Hillary na TV, não tem preço.

E então assim é que as pesquisas uma vez mais confirmaram que não acertam nunca. Trump ganhou as eleições. Depois dizem que os brasileiros é que imitam os americanos.

E assistindo ao breve e conciliador discurso de Trump, vê-se que não é que agora eleito sucessor de Obama, Trump não saiba o que dizer; o que ele não sabe é o que fazer.


O que mais notei no primeiro discurso de Trump como 45° presidente dos Estados Unidos é que seu filho mais moço tem não só a mesma franja, como também faz as mesmas caretas. 

Se aqueles cacoetes todos não forem sinais de asma, o rapazinho tem tudo para ser presidente dos americanos daqui a alguns anos mais.

Outra coisa que ficou mais do que evidente nesse mesmo momento solene é que agora Marcela Temer ganhou uma forte concorrente na linha sucessória de primeiras-damas mais bonitas do mundo: a quarta ou quinta esposa de Donald Trump é de cortar o fôlego. Sabe-se lá como é que o Trumpete aguenta!

E então, sem mais delongas, diga-se que o mundo pode ficar descansado. Trump só pensa naquilo: os EUA são os EUA; o resto é o resto. Trump não tem tempo a perder com guerras e politicagens mundiais. E se assim é, estou com ele e não abro. Trump é o meu Vascão nos States; o resto é o que sobrou de Clinton e Obama.

RODAPÉ - Para os que me leram vaticinando ontem a vitória de Hillary, entendam a hilaridade da coisa. Até eu, às vezes, me surpreendo com a minha incrível capacidade de fazer previsões de enorme profundidade sem me afogar. 

Levem em conta, à guisa de desculpa esfarrapada, que eu não considerei que, para um povo machista como o americano, os depoimentos daquelas duas ou três dúzias de mulheres que se disseram usadas e abusadas por Trump, só aumentaram a popularidade do mais novo Garanhão Americano.