6 de nov. de 2016

BRASIL, O VALHACOUTO

Então estamos combinados que fica tudo a combinar: essa crise que aí está não é uma crise pura e simples. É um projeto de poder que roubou, deixou roubar e continua roubando o Brasil. Um projeto que infiltrou o crime sistemático e organizado no governo que se transformou no Estado brasileiro. 

Com a instalação da Democracia de Gabinete, o Brasil é hoje o maior valhacouto mundial de delinquentes que usam a máscara de políticos e de autoridades constituídas pelos próprios malfeitores que dominam o país. As gavetas das tais instituições oficiais que "estão funcionando" são os esconderijos que lhes garantem amparo e proteção. 

VATICÍNIO
Não  demora nada, a carreira de bancário será igual à profissão de alfaiate: vai desaparecer. Há duas razões fundamentais para isso: a tecnologia e o peleguismo sindical.

FUNDO CANALHA
Enquanto o fundo partidário faz a farra dos políticos que roubam e deixam roubar esse país, as escolas que cuidam das pessoas com deficiências estão à míngua e sem fundos para continuar fazendo o que o governo não faz. Pelos dados do IBGE há pelo menos 56 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, maltratadas pelos governos insensíveis e incapazes que temos padecido até aqui.  

MERCENÁRIOS-MORTADELAS
Em 405 escolas não houve Enem. Os blackbostinhas não deixaram. Querem que a juventude que quer estudar seja imbecil como eles. E neste domingo já se tem notícia de que já são 408 escolas invadidas. Os mercenários-mortadelas voltaram a atacar. E estão gostando.

BRASILEIRO ÉTÃO BONZINHO...
Os donos do Rio de Janeiro anunciaram ontem que a crise vai ser pior em 2017. Enquanto isso, osculpados continuam gordos, ricos e soltos por aí. Ninguém presta contas do que dilapidaram, do que surrupiaram, dos prejuízos que causaram. O Rio de Janeiro é só um estado dos outros 26 maus exemplos que os brasileiros vêm engolindo sem cuspir fora. O brasileiro é tão bonzinho. Gosta de ser violentado.

O LADO BOM... SÓ QUE NÃO

Vocês sabem que esse Michel Temer não me passa na garganta. Mas, em razão do adiantado dos anos - embora caminhe como quem esteja estaqueado e com os cabides por debaixo do casaco - e pela maneira como subiu a rampa, ele tem as mais escassas chances de se reeleger em 2018. Isso é bom. 

Livre das ambições de se perpetuar no poder, Temer pode fazer as reformas que o Brasil precisa. Pode reduzir o tamanho do Estado, azeitar e tornar produtiva e enxuta a máquina pública; acabar com os descalabros das diferenças sociais, como foro privilegiado, aposentadorias estapafúrdias e outras semvergonhices da politicalha nacional. 

Esse é o lado que poderia ser bom nessa presidência-tampão. Diante, porém, da trajetória do próprio Temer pelos caminhos do poder nesse país, concedo-me uma vez mais o direito de estar redondamente enganado uma vez mais. Eu gostaria que assim não fosse.