31 de out. de 2016

A PÃO E ÁGUA
Rombo no setor público chega a R$ 85 bilhões e 500 milhões. Os dados são do Banco Central. Quem arrombou e deixou arrombar, a gente já sabe. Trata-se agora apenas de botar esses ladravazes na cadeia. Ah, sim... E a quem os defende também.

CADÊ O BRASIL QUE SE PRECISA E QUER?

Já estão dizendo por aí que o país está sendo governado agora por prefeitos eleitos por mais de 81% de "golpistas". Isso é pura cutucada de quem quer tripudiar agora sobre os petistas, lulistas, dilmistas e pseudo-comunistas esfregando-lhes na cara o impeachment da Dilma. 

Na verdade, esses mais de 80% do eleitorado pretendem significar coisa de 117 milhões de votantes felizes da vida com o que aí está posto como novo governo, novo regime, nova era. Já estão dizendo que essa lavagem no PT e seus acólitos foi um verdadeiro referendo do impeachment. Não é. O país votou, uma vez mais, no menos pior. 

Foi bom pra você? Tá, foi bom pra mim também. Mas, me desculpe, não foi lá essas coisas. Se a nação relaxar e gozar, logo, logo, mais de 200 milhões de brasileiros estarão esbaforindo indignação, uma vez mais. 

Era só o que faltava o impeachment da Dilma, uma mulher que nos atolou até os gornes e que ainda nem pagou os seus pecados, ser a redenção de um país. 

Era só o que faltava achar que o Temer, ou fosse lá quem fosse, na presidência-tampão, com o PSDB tomando o lugar de coadjuvante que sempre foi do PMDB, é afinal o Brasil passado a limpo. 

Cadê o Renan como réu e não como presidente do Senado? Cadê o fim do fundo partidário? Cadê o fim do foro privilegiado? Cadê o fim dos cargos em comissão, o fim da terceirização funcional? Cadê o concurso para ministro do STF? Cadê a meritocracia comprovada para a escolha de ministros? Cadê o Lula na Papuda e não em um chalé de amigos, em Punta del Este?!? 

Tá, não digo que não foi bom. Não digo que está muito menos mal. O que eu digo é que falta muita Lava Jato nessa pandilha que defenestrou o PT e seus sócios do sindicato da mesma dor. Falta muito ainda para 2018. Por enquanto, estamos na mesma de sempre: cada um diz e faz o que quer; cada um come o que gosta. Eu como arroz...